sábado, 2 de junho de 2018

Salão do Artesanato no São João 2018 de Campina Grande abre dia 12 de junho


A abertura do 28º Salão do Artesanato da Paraíba na programação do São João 2018 de Campina Grande será aberto dia 12 de junho, às 19h na avenida Severino Bezerra Cabral, no antigo posto Brasília, em Campina Grande. Mais de 300 artesãos vão expor seus produtos em madeira, fibra, metal, crochê e habilidades manuais. 

O evento, com entrada gratuita, ocorrerá das 14h às 21h, com uma vasta programação cultural, oficinas e palestras, e acontecerá até o dia 30 de junho. 

O Salão do Artesanato da Paraíba é uma vitrine para o artesanato do estado. Segundo a Secretaria do Turismo e Desenvolvimento Econômico, estão envolvidas mais de 3,5 mil pessoas, contemplando diversas cooperativas e associações.

A gestora do Programa do Artesanato da Paraíba (PAP), Lu Maia, afirmou que “esta edição, que ocorre durante o mês de junho, é a que nos deixa ainda mais cheios de expectativas, pelo fato de ser um mês dedicado às nossas raízes, com as festas juninas, por ter um enorme fluxo de turistas em Campina Grande"

Fonte: ClikPB

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Gitana Pimentel faz tributo a Antônio Barros e Cecéu neste domingo no projeto 'Pólvora Cultural'


Durante o mês de junho o Pólvora Cultural será voltado para homenagens aos grandes nomes da música nordestina. A primeira atração é a cantora Gitana Pimentel, que se apresenta neste domingo (03), a partir das 16h, com um tributo a Antônio Barros e Cecéu. 

Gitana Pimentel é apaixonada pela obra de Antônio Barros e Cecéu e tem em seu repertório várias músicas da dupla. Para este domingo, ela preparou um show com canções conhecidas, como ‘Proibido cochilar’, ‘Amor com café’, ‘Homem com H’, ‘Por debaixo dos panos’, ‘Bate coração’, ‘Procurando tu’, ‘Sou o estopim’, e ‘Não lhe solto mais’, dentre outros sucessos dos compositores paraibanos.

Segundo Gitana, preparar um show em homenagem ao casal de compositores paraibanos foi algo que deu prazer. “Interpretar Antônio Barros e Cecéu vai ser fácil e prazeroso! Eu sou muito fã dos dois, boa parte do meu repertório é composta por canções deles. Tenho certeza que todos vão gostar, afinal, essa dupla tem o maior número de sucessos gravados por grandes nomes da nossa música”, disse.

A cantora destacou ainda a iniciativa de fazer um tributo aos grandes nomes da música nordestina. “Foi uma ideia muito feliz esta de homenagear nossos compositores em um evento tão bacana como o Pólvora Cultural, gratuito e que atrai um público interessante e apaixonado por cultura. Especialmente nessa época do ano, em que todos respiram, comem e vivem os festejos juninos com bastante intensidade”, elogiou.

Os homenageados 

Antônio Barros e Cecéu se conheceram em 1971 e logo formaram uma parceria musical e no amor. Passaram a compor juntos e suas músicas gravadas por vários intérpretes, como Ney Matogrosso, Elba Ramalho, Dominguinhos, Gilberto Gil, Alcione, Ivete Sangalo, Fagner, Gal Costa, MPB-4, Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga e Marinês. São mais de 700 músicas gravadas em mais de 45 anos de carreira.

A artista 

Gitana Pimentel foi finalista do Prêmio Multishow, em 2013, e já se apresentou em várias cidades da Paraíba e também em outros estados. Embora já tenha passeado por vários gêneros, é com o samba e o forró que ela tem conquistado espaço e reconhecimento do público. Lançou, em 2012, o show “Num Instante a Gafieira Virou um Forró”, no qual faz um resgate da obra de Rosil Cavalcanti.

Após o lançamento da regravação de “Jeito de amar”, de Edmar Miguel, em 2015, Gitana passou a se dedicar mais ao forró – ela tinha experiência como backing vocal de Ton Oliveira – e atualmente dedica seu trabalho à música tradicional do Nordeste. Em 2016, a cantora gravou o CD promocional que traz regravações de grandes sucessos, além da inédita ‘Fazendo charminho’, parceria de Targino Gondim e Moreira Filho.

Fonte: ClickPB

Prefeito de Campina Grande anuncia nova programação do palco principal do Parque do Povo na nova data de abertura da festa


Numa transmissão ao vivo através das redes sociais, na noite desta quinta-feira, 31, direto do Parque do Povo, o prefeito Romero Rodrigues anunciou programação oficial do palco principal do Maior São João do Mundo, a partir da abertura do evento no próximo dia 08. 


Após o adiamento do início do evento, por conta dos efeitos negativos de desabastecimento e atrasos na entrega de produtos e equipamentos causados pela greve dos caminhoneiros, a grade artística da festa de 31 dias sofreu várias alterações, mas as principais estrelas e atrações estão mantidas, segundo revelou Romero, que esteve acompanhado da esposa Micheline Rodrigues e do filho Vitor, durante a live pelos seus perfis no Instagram e Facebook.

Durante a transmissão, prestigiada pelo cantor Capilé, Romero reafirmou estar satisfeito pela receptividade na alteração inédita do período da festa, por parte da opinião pública da cidade, e disse estar cada vez mais convencido de que agiu certo ao transferir o período de realização do Maior São João do Mundo, pelas muitas implicações econômicas que redundaram da greve dos caminhoneiros, junto a restaurantes, hotéis, o trade turístico de maneira geral e na própria economia de Campina Grande.

Sobre a programação reestruturada, o prefeito campinense ressaltou o esforço da empresa Aliança Comunicação e Cultura Ltda., no sentido de alinhar o novo período às agendas de shows dos artistas previamente contratados dentro da formatação anterior. 

Confira a programação:


Fonte: ClickPB

quinta-feira, 31 de maio de 2018

Festa do Bode Rei começa nesta sexta-feira (01) em Cabaceiras


A Festa do Bode Rei, um dos eventos mais tradicionais do Cariri paraibano, começa nesta sexta-feira (01) e terá uma programação completamente alusiva ao homenageado. A cidade de Cabaceiras sedia a Festa do Bode Rei que acontece entre os dias 01 e 03 de junho.

O fim de semana de programação da Festa do Bode Rei terá muita cultura popular e atrações curiosas, como o FutBode, Fórmula Bode, Pega Bode, ordenha do Concurso da Cabra Leiteira e o desfile da Comitiva Real. Também estão confirmados shows de Jonas Esticado, Wallas Arrais, Walquiria Santos e José Orlando. 

O prefeito Tiago Castro garantiu que os protestos dos caminhoneiros não afetaram a estrutura do evento. “Apesar das dificuldades enfrentadas ao longo da semana, até sexta-feira já estamos com tudo pronto para receber os turistas e visitantes”, declarou.

Tiago confirmou que a cidade já está recebendo os últimos preparativos na estrutura e sendo abastecida para o evento.

A coordenadora do Departamento de Turismo, Mariana Castro, disse que todas as pousadas da cidade estão lotadas e com uma lista de espera, caso haja desistência dos turistas. “Mesmo com os protestos, todas as reservas das pousadas estão mantidas e ainda é grande a procura por casas alternativas para alugar”, explicou.



Confira a programação completa:

01/06/2018 – SEXTA

PARQUE DO BODE
8h – Abertura Expofeira de Caprinos e Ovinos (Evento Permanente)
8h30min – Abertura da I Feira Técnica do Agricultor
Cursos: Plantio e produção de palma forrageira; 
Aplicação de medicamentos em pequenos ruminantes.

PRAÇA DO BODE

9h15min – Hasteamento das Bandeiras com a Marinha do Brasil 

9h30min - Abertura da Expofeira de Artesanato 
(Artesãos locais e da região expõem seus trabalhos numa exposição que agrega tradição e economia criativa - Evento permanente da festa)

ROLIÚDE RALL

9h40min – Lançamento pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos do Selo Postal “20 anos da Festa do Bode Rei”
10h – 2.ª ed. do Cordel “Vocabodário Cabaceirês”– Sidney Nunes 
10h15min - I Feira Técnica do Agricultor (Cont.)
Cursos: Cortes especiais em caprinos;
Avicultura alternativa.

Haverá doação de palma forrageira resistente a cochonilha do carmim para os participantes do(s) curso(s)

ARRAIAL POPULAR 

18h - Abertura do Espaço da Gastronomia Bodística 
(O sabor de uma culinária tradicional - Evento permanente)

19h – Apresentação da Quadrilha Junina Arrocha Guri - Cabaceiras 
19h30min - Concurso da Garota Bode Rei

21h às 3h40min – Forro Bodó- Arrasta-pé com bandas e trios de forró: 
César Amaral 
Forró D2
J. Show e Chapéu de Palha 

02/06/2018 – SÁBADO

PARQUE DO BODE

6h - Primeira Ordenha do Concurso de Cabra Leiteira Municipal
9h às 17h – Expofeira de Caprinos e Ovinos – Evento permanente
11h – Concurso e Coroação do Bode Rei 
12h – Desfile da Comitiva Real pelas ruas da cidade
14:30h - Futbode
15h – Fórmula Bode Mirim 
16h – Fórmula Bode Adulta 
17h - Desfile da Comitiva Real: Bode Rei e a Cabra Rainha pelas ruas da cidade
18h - Segunda Ordenha do Concurso de Cabra Leiteira Municipal

Espaço Nordeste

9h - Mutirão para novas linhas e renovação de Créditos e negociação de débitos.
Palestras com o AgroAmigo e Crediamigo do Bando do Nordeste


PRAÇA DO ARTESANATO

9h às 17h- Expofeira de Artesanato – Evento permanente 

PALCO CULTURAL
14h30min - As Bonequinhas do Cariri - São João do Cariri
15h - Raízes Santa Rosa de Boa Vista - Boa Vista
15h30min - Grupo “Uma Família em Missão” - Gurjão
16h – Música com Leandro e Júnior
18h30min – Desfile de moda com artesanato

ARRAIAL POPULAR

10h – Apresentação da Quadrilha Junina da Melhor Idade “Recordar é Viver”- Cabaceiras

11h à 0h – Forró – Bodó - Arrasta-pé com bandas e trios de forró: 
11h – Trio Asa Branca
12h50min – Lúcia Lemos
15h10min – Samara Lacerda
16h – Concentração da Cavalgada Manoel Amaro na Fazenda Beira Rio
18h – Ave Maria Sertaneja
Violeiros: Erasmo Ferreira e Miro Pereira
19h - Forró Gente Boa
21h – Thiaguinho Sales
22h40min – Forró Anos Dourados

ROLIÚDE RALL (Clube Atlético Cabaceirense - CAC)

Shows a partir das 22h.
Wallas Arrais
Walkiria Santos 
José Orlando


03/06/2018 - DOMINGO

7h - PEDAL DO BODE REI
(Saída da Praça do Artesanato com trilhas próximo ao Rio Taperoá, Lajedo Salambaia e Pai Mateus)

PARQUE DO BODE

6h - Última Ordenha do Concurso de Cabra Leiteira Municipal

9h às 17h – Expofeira de Caprinos e Ovinos - Evento Permanente

8h - Fórmula Bode Feminino
8h30min – Cabra-Cega
9h - Gincana do Bode
15h30min – Pega Bode
16h15min – Premiação do Concurso Cabra Leiteira Municipal
17h - Desfile da Comitiva Real pelas ruas da cidade
17h30min – Enceramento da Expofeira de Animais

PRAÇA DO ARTESANATO

9h às 20h- Expofeira de Artesanato – Evento permanente 

PALCO CULTURAL

9h30min - Sons do Silêncio 
10h20min - Apresentação do Ponto de Cultura Marcas Vivas de Cabaceiras
11h – Apresentação do Cordel de Paulinho de Cabaceiras
14h30min - Grupo “O Amor Vencerá” - Distrito de Ribeira- Cabaceiras
15h - Grupo de Dança Potyra - Barra de São Miguel
15h30min - Grupo Imburana de Danças Populares – UFPB- João Pessoa

16h30min – Comenda Bode Rei

Estátua do Bode entregue aos melhores parceiros em nosso município – “20 anos do Bode Rei”

ARRAIAL POPULAR

9h- Quadrilha Tradição Nordestina - Coxixola

10h às 22h20min – Forró – Bodó - Arrasta-pé com bandas e trios de forró: 
Família Feliz
Domingos Acyoli
Forró Bode Rei
Berinho do Acordion
Klever Lemos
Sussa de Monteiro

ROLIÚDE RALL (Clube Atlético Cabaceirense - CAC)

Shows a partir das 22h.

Jonas Esticado
J.Show e Forró Chapéu de Palha
Tales Lessa

Fonte: ClickPB

Quinteto Convida Marcelo Jeneci nos dias 1 e 2 de junho, no Espaço Cultural



Nos dias 1 e 2 de junho, o Quinteto da Paraíba realiza mais uma edição do projeto Quinteto Convida. Desta vez o convidado é o cantor Marcelo Jeneci. O show contece às 21h, na Sala de Concerto Maestro José Siqueira, no Espaço Cultural.


O Quinteto da Paraíba, grupo criado e residente há quase três décadas no Departamento de Música do CCTA/UFPB, é hoje um dos mais renomados grupos de música de câmara do Brasil. Trafegando com versatilidade entre a música de concerto e a música popular, o Quinteto da Paraíba tem 5 CDs gravados (Armorial & Piazzolla, Música Armorial, Capiba & Gonzagão, A Pedra do Reino e Nau Capitânia de Itamaracá), outros CDs completos ou em parceria com diversos intérpretes e compositores (Xangai, Chico César, Lenine, Sivuca, Virgínea Rosa, Toninho Ferragutti, Antônio Nóbrega), além de participações em CDs, DVDs, trilhas sonoras de filmes (Central do Brasil, Gonzaga: De Pai pra Filho, Por 30 Dinheiros, Death Letters), shows, concertos e turnês no Brasil e no exterior.


O Grupo que é formado por renomados Instrumentistas da Paraíba e foi apresentado pelo selo Kuarup (1995) como: “Uma das melhores surpresas instrumentais do Brasil nos últimos anos, um quinteto de cordas com técnica de música de câmara e suingue de música popular”. O Quinteto da Paraíba surgiu com a proposta de divulgar a obra de compositores brasileiros, mas é no Nordeste do Brasil que encontra sua mais pura inspiração. 

Embaixador desta rica vertente musical, o grupo que é considerado o responsável pelo resgate do Movimento Armorial conquistou méritos da crítica especializada nacional e internacional. A conceituadíssima revista “The Strad” de Londres, enalteceu os valores do Quinteto da Paraíba em matéria especial, assim como as revistas “Gramophone”, “Classic FM Magazine”, “Repertoire” e “Diápason”, brindaram o grupo com elogiosas críticas. 

Em 2007 o Quinteto se apresentou junto do cantor e compositor Chico César na abertura dos Jogos Pan-Americanos, no Estádio do Maracanã no Rio de Janeiro. O Quinteto da Paraíba já se apresentou na América do Sul (Chile, Argentina) e Europa (Áustria, Bélgica, França, Espanha, Itália, Holanda e Portugal). O Quinteto participou em 2008 da gravação do CD “Labiata” do cantor e compositor Lenine, que teve a faixa “Martelo Bigorna” na trilha da novela “O Camnho das Indias” da Rede Globo. A música “Martelo Bigorna” de Lenine com arranjo de Xisto Medeiros e interpretada pelo Quinteto ganhou o Grammy Latino de 2009.
Onde:
Espaço CulturalJoão Pessoa - Paraíba

Entrada:
R$ 30 (meia) | R$ 60 (inteira)Venda no local

Data e Horário:
01/06/2018 - 21:00

Classificação:
Livre

Projeto Música do Mundo apresenta banda About The Blues em junho


Realizado mensalmente pela Fundação Espaço Cultural da Paraíba, o projeto Música do Mundo tem edição dedicada ao blues na edição de junho. A atração é a banda About The Blues, que se apresenta no sábado (16), às 21h, na Sala de Concertos Maestro José Siqueira. O acesso custa R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia entrada).

A banda About The Blues surgiu em 2016 como forma de celebração a um dos gêneros mais importantes da história da música, passeando por várias outras influências como Funk, Soul, R&B e principalmente, Rock. Traduzido, o nome do grupo significa “sobre o blues”, mas também é sobre vários outros grandes gêneros da música popular universal que, de alguma maneira, foram buscar na trilha sonora das plantações de algodão bases para suas formas.

O primeiro trabalho autoral da banda é um EP com cinco faixas intitulado “Why?”, lançado em março deste ano. Nele, o grupo aborda, à sua maneira, alguns daqueles que foram os maiores compositores do estilo. A isso, a banda adiciona sua personalidade com interpretações próprias, arranjos atuais e muita improvisação. Todos esses elementos compõem um show dinâmico e sempre inédito à sua maneira. O EP está disponível em todas as plataformas de streaming.

A formação da banda conta com Rafael Chaves, Bennet Oliveira, Jonatas Lacerda e Danilo di Oliveira. Juntos, eles já se apresentaram em várias casas da cena musical Paraibana como Café da Usina Energisa, Empório Café, General Store, Vila do Porto, Espaço Mundo, Estação Cabo Branco e Sala Vladimir Carvalho

Além dos clássicos do blues, o grupo se propõe a apresentar canções inéditas, frutos desse laboratório de pesquisa e experimentação em cima da vasta obra gerada em mais de um século de história.

Música do Mundo 

O projeto é uma ação promovida pela Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc) que tem como objetivo a valorização dos artistas e da música contemporânea. A cada edição, artistas brasileiros e de outros países ocupam o palco da Sala de Concertos. O lançamento aconteceu em agosto de 2015. Uma das características do projeto é o preço popular do ingresso, de forma a permitir ao público acesso às atrações de qualidade internacional.

Serviço

Música do Mundo apresenta About the Blues

Data: 16/06, às 21h

Local: Sala de Concertos Maestro José Siqueira

Entrada: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia entrada)

Fonte: Funesc

Show Titá e Chico em João Pessoa nesta quinta (31)


O primeiro pouso dessa minigira parahyba, pra pisar com força o chão da cidade, será no Empório, café charmoso, diverso e colorido situado no baixo tambaú. 21h é a hora boa de chegar pra sacar Titá e Chico, dois atuantes compositores da cena contemporânea Paraíba. 

Chico lançou disco em meados do ano passado, o homônimo "Chico Limeira". Titá lançou o seu "Cantos pra se dançar de azul" no último abril. aí a promessa é de noite quente, cheia de boas novas, subversambas, canções, boleros e balanços. pra dançar quem for de dança, pra contemplar quem for de contemplação.

Onde:
Empório Café, João Pessoa - Paraíba

Entrada:
R$ 15 (Venda no local)

Data e Horário:
31/05/2018 - 21:00

Classificação:
18 anos

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Banda pernambucana Triinca faz show nesta sexta em JP e público paga quanto quiser


O Centro Cultural Espaço Mundo abre as portas mais uma vez para realizar uma edição do projeto "Quanto Vale o Show?" recebendo a banda pernambucana Triinca, nesta sexta (01), a partir das 22h. Nesse projeto, o público é quem decide o quanto acha justo e pode pagar pela apresentação do artista.

Sobre 

A banda Triinca dá forma de canção aos amores líquidos em seu repertório dançante, entre levadinhas marotas de guitarra, pulsações rítmicas eletrônicas, sintetizadores e barulhinhos de videogame. Composta por Joanna D’arc Cinta (Vocais), Alcides Vespasiano (Guitarra) e Rogério Lins (Sintetizadores, Baixo e Percussões Eletrônicas) a banda pernambucana formou-se em meados de 2016, numa ponte virtual entre Recife e Chã Grande.

Essa interação resultou na produção independente do primeiro álbum, Triinca, lançado em abril de 2017 – que teve todo processo de composição e pré-produção feito através de aplicativos de mensagens e redes sociais. Em novembro do mesmo ano, foi lançado em parceria com a produtora Recife Filmes o videoclipe para a faixa “Tua Ex Me Traumatizou”, dirigido de Dimas Lins.

A banda já acumula participações em festivais como Sonoridades do Fábrica, Revelita e Janeiro de Grandes espetáculos no Recife, no festival Na Tora em Olinda, no encerramento do 41º congresso da UPE em Nazaré da Mata e no palco alternativo do Carnaval de Vitória de Santo Antão; além de apresentações regulares no circuito alternativo da cidade do Recife.

O Projeto “Quanto Vale o Show?” 

Se inspira na tradição da arte de rua, em que o público oferta o quanto pode e acha justo pagar pela apresentação, de forma livre e consciente, através de um chapéu que é passado durante o show. O projeto visa contribuir com a formação de público para os artistas e democratizar o acesso à cultura, além de provocar uma reflexão sobre a valorização do produto artístico e a continuidade de projetos culturais como esse.

Fonte: ClickPB

terça-feira, 29 de maio de 2018

Menos de 7% das áreas quilombolas no Brasil foram tituladas

Marcello Casal jr/Arquivo Agência Brasil

Menos de 7% das terras reconhecidas como pertencentes a povos remanescentes de quilombos estão regularizadas no Brasil. Nos últimos 15 anos, 206 áreas quilombolas com cerca de 13 mil famílias foram tituladas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), órgão que executa a titulação das terras já identificadas e reconhecidas.


Desde 1988, o Estado já reconheceu oficialmente cerca de 3,2 mil comunidades quilombolas. Quase 80% delas foi identificada a partir de 2003, quando foi editado o Decreto 4887, que traz os procedimentos de identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por quilombolas.

Sem a certificação, os territórios que remontam ao período colonial e que serviram de refúgio para negros escravizados ficam inacessíveis para políticas públicas básicas e se tornam alvos de conflitos.

Para lideranças quilombolas, o decreto foi eficiente no reconhecimento das comunidades existentes no país e na garantia de que as famílias tenham acesso a direitos. Os ativistas lamentam, entretanto, que na etapa final de titulação os processos não avancem.

“Conceitualmente, o decreto proporcionou avanços. Na prática, o decreto é só um instrumento, ele depende da operação da máquina estatal para que realmente se torne efetivo. E aí a gente entende que o racismo institucional ainda impera”, avaliou Ronaldo dos Santos, da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Quilombolas (Conaq).


Constitucional

Em fevereiro deste ano, o Supremo Tribunal Federal confirmou a constitucionalidade do Decreto 4887, que baseia todo o processo de titulação dos territórios de comunidades quilombolas. A decisão do Supremo garante ainda que não é necessário estabelecer o marco temporal de 1988 para a concessão dos títulos para os quilombolas, como pleiteavam algumas entidades.

“Mesmo com essa vitória no STF, a gente ainda enfrenta ameaças constantes por parte de fazendeiros que, de certa forma, pelo fato de não terem ainda o repasse do valor [da desapropriação], dizem que essas terras são deles. Por mais que a gente já tenha em mãos a demarcação, ainda encontramos essa situação de várias comunidades no Brasil com processo aberto e que acabam sofrendo ameaças”, relata Valéria Porto, jovem quilombola da comunidade de Pau D’Arco – Parateca, situada na cidade de Malhada, interior da Bahia.

No território onde está o povo de Pau D’Arco-Parateca vivem cerca de 750 famílias distribuídas em oito comunidades. Estudos apontam que o quilombo foi iniciado na área ainda no século 17. A comunidade já foi reconhecida pela Fundação Palmares, mas ainda aguarda a titulação. “A questão maior é garantir o título e junto com ele acesso às políticas públicas que realmente garantem a sustentabilidade das famílias que ali estão”, destacou Valéria.

“Não existe povo sem território. Eu preciso do meu território, porque a certificação me dá reconhecimento enquanto quilombola. Sem a certificação eu não posso construir casas de quilombolas. Quando eu não tenho a propriedade desta terra, eu não posso desenvolver a minha cultura, minha agricultura, minha pecuária, a minha vocação econômica, porque pode chegar uma pessoa dizer que é o dono e eu perder minha lavoura, minha casa, então fica difícil fazer investimentos”, explicou o presidente da Fundação Cultural Palmares, Erivaldo Oliveira.


Dificuldades

As comunidades que não têm a posse legal da terra enfrentam ainda dificuldades para ter acesso a serviços básicos de saúde, educação e transporte. Energia e água também são escassas nas áreas remanescentes de quilombos e podem motivar conflitos entre os povos tradicionais e proprietários de fazendas, madeireiras ou outros empreendimentos que utilizam os mesmos recursos da área em disputa.

“Algumas políticas chegam, outras não. Na questão educacional, ficamos um bom tempo apenas com o ensino fundamental. Para o ensino médio era preciso sair da comunidade. E esse ano inaugurou um colégio que estava há mais de seis anos em construção pelo projeto Brasil Quilombola”, relata a quilombola Valéria.

Mesmo vivendo a poucos quilômetros do Rio São Francisco, os quilombolas recebem água de carro-pipa, porque empreendimentos da região canalizam a água do rio para irrigação ou lavagem de minério.

A quilombola acrescenta que uma das demandas mais urgentes da comunidade é a reforma da rodovia BA-160, que liga o município de Bom Jesus da Lapa a Malhada. A estrada é a única ligação da área com o centro urbano, onde estão os postos de saúde e outros serviços essenciais.


Valéria Porto/Direitos Reservados

“Não é nem mais estrada, porque ela tem muito buraco e pouco cascalho. Pessoas já morreram nessa estrada porque não conseguiram chegar ao hospital. Mulheres grávidas já tiveram que ter seus bebês ali na estrada porque não conseguiram chegar ao hospital. No período chuvoso, a gente fica impedido de sair da comunidade”, lamentou.

Em outras regiões, como Cavalcante e Cidade Ocidental, no interior de Goiás, os povos Kalunga e Mesquita estão lutando para não perder a área já reconhecida. Na última semana, o território do quilombo de Mesquita, situado no entorno de Brasília, sofreu uma redução de mais de 80%. “Quando os negros escravizados fugiam, eles iam pra lugares bem distantes. As cidades é que foram crescendo para perto das áreas quilombolas, que foram invadidas pela especulação imobiliária e hoje nós estamos vendo até o absurdo de redução de terras quilombolas já tituladas”, criticou Erivaldo, da Fundação Palmares.


Redução orçamento

As lideranças quilombolas alertam para a redução do orçamento federal destinado ao processo de regularização das terras de comunidades tradicionais. Segundo levantamento da Organização Terra de Direitos, com base em informações do Incra, a destinação de recursos públicos para a titulação de territórios quilombolas sofreu uma queda de mais de 97% nos últimos cinco anos.

O levantamento mostra que em 2013 foram usados mais de R$ 42 milhões para a desapropriação das terras onde estão os territórios quilombolas e este valor caiu para cerca de R$ 1 milhão, em 2018. “Esse valor não resolve o processo de uma comunidade”, ressaltou Ronaldo dos Santos, da Conaq.

O coordenador geral de regularização de territórios quilombolas do Incra, Antônio Oliveira Santos, confirma o corte nos recursos, mas ressaltou que, apesar dos ajustes, a política não vai parar. “De 2016 para 2017 houve uma redução drástica do nosso orçamento. Para os relatórios de identificação, nós tivemos este ano R$ 1,8 milhão. E para indenização de imóveis, no ano passado, nós tivemos algo em torno de R$ 3,5 milhões. Este ano estamos com R$ 1,4 milhão”, detalhou Oliveira.

O coordenador reconhece que o valor é insuficiente para finalizar todos os processos que estão em andamento no órgão, por isso tem dado prioridade aos que se referem a áreas mais conflituosas ou que têm mais famílias. “Em virtude dessa redução de orçamento, não adianta abrir um processo que você não vai terminar. Então, aqueles que estão em andamento nós começamos a acelerar, para ver se a gente chega no final”, explicou.

Atualmente, o Incra tem 1.675 processos de regularização em andamento, mas tem trabalhado efetivamente em cerca de 500.


Reforço

A Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) transferiu ao Incra, na última semana, o valor de R$ 1 milhão para reforçar o orçamento destinado à elaboração dos relatórios antropológicos de comunidades de dez estados.

O secretário nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Juvenal Araújo, disse à Agência Brasil que o governo deve promulgar mais um decreto de interesse social para fins de regularização de territórios quilombolas. Nas últimas semanas, foram assinados decretos em favor das comunidades de Lagoa Santa, na Bahia, Vaca Morta, na Paraíba, e Pirangi, em Sergipe.


Processo complexo

O processo de reconhecimento e regularização de terras quilombolas tem muitas etapas.

A Fundação Cultural Palmares é a responsável pelo processo de reconhecimento. Já o Incra inicia o procedimento de certificação a pedido da comunidade, de outros órgãos ou por meio de ofício.

Antes de ser titulada, a terra é submetida a vários estudos para levantar informações históricas, socioeconômicas, geográficas, antropológicas, fundiárias, ecológicas, entre outras. A partir do resultado da avaliação, são emitidos relatórios técnicos de identificação e delimitação, conhecidos como RTDI.

Com este documento, as terras ficam aptas para seguir adiante na etapa de titulação, que só ocorre depois da desocupação da área por pessoas não quilombolas. Dependendo do caso, a finalização do processo pode levar anos. Segundo o Incra, alguns títulos emitidos em 2000 ainda se encontram na fase de desocupação.

O título é concedido, sem ônus financeiro, em nome das associações que legalmente representam as comunidades quilombolas. O documento deve ser registrado com a condição de que o território se mantenha inalienável, imprescritível e impenhorável.

Nos últimos 15 anos, o Incra publicou 272 relatórios de identificação e publicou 149 portarias de reconhecimento. Neste período, a Presidência da República publicou 84 decretos de interesse social para fins de regularização de áreas quilombolas situadas em terras públicas.

O Incra esclarece que a regularização de territórios não é competência exclusiva da União. Alguns estados, como Bahia, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo já promoveram titulação de terras para grupos remanescentes de quilombos.


Conflitos e mortes

De acordo com a Conaq, no ano passado foi registrado um pico anormal no número de casos de ameaças e mortes de lideranças quilombolas. Cerca de 20 líderes de comunidades quilombolas foram assassinadas em 2017 em situações de conflito agrário, de acordo com estimativas da Conaq e da Comissão Pastoral da Terra. O número é bem maior do que a média de duas a três mortes anuais.

“Sem sombra de dúvida, se o Estado deixa de atuar, principalmente na área agrária, a tendência é o aumento de conflitos. Nós tivemos no ano passado vários assassinatos de quilombolas no Brasil, principalmente no estado da Bahia”, disse o coordenador do Incra.

Um dos casos recentes que chamou a atenção do governo ocorreu em Acará, interior do Pará, onde o quilombola conhecido como Nazildo foi morto. Ele era um dos líderes do Quilombo Turê 3. A Secretaria Nacional de Promoção de Políticas de Igualdade Racial e a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos estão monitorando o caso.

“Estive pessoalmente com o secretário de segurança do estado do Pará, com o diretor da Polícia Civil, o Ministério Público e a Polícia Federal que estão acompanhando o caso desse assassinato. O nosso trabalho é de monitoramento de todas as políticas de igualdade racial e estes conflitos agrários em comunidades quilombolas fazem parte da atuação da Seppir”, disse Juvenal Araújo.


Conapir

A regularização das terras quilombolas está entre os temas debatidos na 4ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, realizada em Brasília. A Conapir reúne diferentes entidades, pesquisadores e ativistas que trabalham com a questão racial para discutir formas de enfrentamento ao racismo em diversas áreas. A programação da conferência vai até amanhã (30), quando deve ser apresentado um documento com propostas de políticas públicas para a população negra.

A Conapir é organizada pelo Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial, como o apoio do Ministério dos Direitos Humanos e da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir).

Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Branco Mello, dos Titãs, tem tumor na laringe e ficará três meses sem fazer shows para tratamento


O cantor e baixista Branco Mello, de 56 anos, ficará três meses sem fazer shows com os Titãs para tratar tumor na laringe.

Segundo a produção da banda, o tumor foi "diagnosticado precocemente".

Sérgio Britto, Tony Bellotto, Beto Lee e Mário Fabre continuarão na turnê com o Titãs.


Veja o comunicado completo da produção:


"O titã Branco Mello ficará três meses afastado dos shows para tratar de um tumor na laringe, diagnosticado precocemente.

Ele permanecerá recluso para tratamento e sua volta aos palcos acontecerá em breve, para o início da turnê do DVD da ópera 'Doze Flores Amarelas', que tem o lançamento programado pela gravadora Universal para o segundo semestre de 2018.

Sérgio Britto, Tony Bellotto, Beto Lee e Mário Fabre continuarão na estrada, com a participação de Lee Marcucci – que já tocou com a banda e assumirá o baixo nesse curto período – honrando os compromissos dos Titãs até o retorno de Branco Mello.

Os Titãs agradecem o apoio dos fãs e amigos."

Fonte: G1

domingo, 27 de maio de 2018

Cotas foram revolução silenciosa no Brasil, afirma especialista



A chance de ter um diploma de graduação aumentou quase quatro vezes para a população negra nas últimas décadas no Brasil. Depois de mais de 15 anos desde as primeiras experiências de ações afirmativas no ensino superior, o percentual de pretos e pardos que concluíram a graduação cresceu de 2,2%, em 2000, para 9,3% em 2017.

Apesar do crescimento, os negros ainda não alcançaram o índice de brancos diplomados. Entre a população branca, a proporção atual é de 22% de graduados, o que representa pouco mais do que o dobro dos brancos diplomados no ano 2000, quando o índice era de 9,3%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Censo do Ensino Superior elaborado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) também evidencia o aumento do número de matrículas de estudantes negros em cursos de graduação. Em 2011, do total de 8 milhões de matrículas, 11% foram feitas por alunos pretos ou pardos. Em 2016, ano do último Censo, o percentual de negros matriculados subiu para 30%.


“A política de cotas foi a grande revolução silenciosa implementada no Brasil e que beneficia toda a sociedade. Em 17 anos, quadruplicou o ingresso de negros na universidade, país nenhum no mundo fez isso com o povo negro. Esse processo sinaliza que há mudanças reais para a comunidade negra”, comemorou frei David Santos, diretor da Educafro - organização que promove a inclusão de negros e pobres nas universidades por meio de bolsas de estudo.


O professor Nelson Inocêncio, que integra o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da Universidade de Brasília (UnB), pioneira na adoção das cotas raciais, também destaca o crescimento, mas pondera que é preciso pensar outras políticas para garantir uma aproximação real entre o nível de educação de negros e brancos.

Professor Nelson Inocêncio
"Eu sou esperançoso de que a política de cotas, mesmo com seus problemas, ao final consiga um êxito. Que a gente consiga tornar a presença negra um pouco mais significativa nesses espaços tão historicamente embranquecidos", disse Nelson Inocêncio - Marcelo Camargo/Agência Brasil

“Antes de falar em igualdade racial, temos que pensar em equidade racial, que exige políticas diferenciadas. Se a política de cotas não for suficiente, ainda que diminua o abismo entre brancos e negros, a gente vai ter que ter outras políticas. Não é possível que esse país continue, depois de 130 anos de abolição da escravatura, com essa imensa lacuna entre negros e brancos”, destacou Inocêncio.



Diferenciar para incluir

Há 15 anos, o conceito de ações afirmativas para inclusão de negros na educação superior motivou intenso debate no meio universitário. Em junho de 2003, decisão tomada pela Universidade de Brasília (UnB) de adotar o sistema de cotas raciais em seu processo de seleção abriu caminho para uma mudança no paradigma de acesso à universidade, antes fortemente baseado na meritocracia.

O Plano de Metas para Integração Social, Étnica e Racial aprovado pelo Centro de Ensino, Pesquisa e Extensão da UnB previa que 20% das vagas do vestibular seriam reservadas para estudantes negros, de cor preta ou parda. A política foi adotada a partir do vestibular de 2004, em todos os cursos oferecidos pela universidade.

À época relatora do projeto, a professora do Departamento de Comunicação da UnB Dione Moura conta que a implantação do sistema se deu em meio a muitas resistências e sob críticas de que a política de ação afirmativa poderia criar um conflito racial inexistente no país ou diminuir a qualidade da universidade.

Dione Moura, do departamento de Comunicação Social - Marcelo Camargo/Agência Brasil
"O projeto das cotas na UnB foi um dos mais desafiantes que eu trabalhei como profissional, cidadã, mulher e negra", diz a professora Dione Moura, do departamento de Comunicação Social.

Um dos principais desafios, segundo a professora, foi convencer os veículos de imprensa, a sociedade e a própria academia de que era necessária uma política pública específica para negros e não para a população pobre de forma geral. Mesmo diante dos números de desigualdade racial na educação e no mercado de trabalho, questionamentos e dúvidas emergiram, principalmente com relação à forma de identificação dos negros e ao reconhecimento do problema do racismo.

O Brasil tinha uma ideia de políticas públicas como universalistas, não tinha ideia de políticas regionais, por gênero e raça. O recorte de renda era o único indicador reconhecido como legítimo para ações pontuais. Uma política de ação afirmativa exclusiva para a população negra brasileira foi colocar o dedo na ferida, causou um grande rebuliço”, lembrou Dione, uma das poucas professoras negras da universidade.

Outras resistências foram quebradas, como a ideia de que o negro de alta renda não deveria ser beneficiado, de que os cotistas abandonariam a graduação ou que teriam desempenho inferior aos de alunos não cotistas. “Já se verifica que esses estudantes são tão capazes quanto os demais ou ainda têm um desenvolvimento muito melhor. Nesse sentido, não há dúvida da capacidade dos cotistas, porque eles já demonstraram isso e pesquisas também têm revelado”, destacou o professor Manoel Neres, coordenador do Centro de Convivência Negra da UnB.

“O resultado social negou os preconceitos. A UnB abriu as portas para que outras universidades se abrissem para o jovem negro e o jovem indígena e que depois o próprio governo federal abrisse uma política nacional para discutir as cotas no sistema público universitário”, completou Dione Moura.


Frutos

Aos 31 anos, a antropóloga Natália Maria Alves Machado, integrante da primeira turma de cotistas da UnB, em 2004, avalia que a adoção do sistema foi um marco histórico que levou a sociedade a refletir sobre algumas regras e revisá-las em prol da justiça e dos direitos coletivos.

Natália foi a primeira integrante de sua família a ingressar em uma universidade pública federal e conta que a experiência foi muito desafiadora.

Ela relata que no início foi difícil lidar com o assédio da imprensa e, ao mesmo tempo, ter de se adaptar à nova rotina e às responsabilidades do mundo acadêmico, como encontrar recursos para alimentação, transporte e material de estudo. Para se manter financeiramente, ela contou com a assistência estudantil da universidade, fez estágio e pesquisas.

A primeira turma visualmente tinha poucas pessoas negras. A gente ficava diluído ali preocupado com as exigências do espaço universitário. O que mais chamava atenção era o assédio da mídia, muita gente abordava para dar entrevista. Depois, em um segundo momento, muitos pesquisadores estavam desenvolvendo análises sobre a política. A gente sabia que tinha uma dinâmica muito forte acontecendo e foi amadurecendo.”

Natália Machado - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
“Por mais que nossa presença ainda seja diminuta no espaço acadêmico, é emocionante ver muito mais cores e formas, corpos, estéticas, símbolos e culturas diversos. A universidade se tornou um espaço muito mais rico e instigante”, diz a mestranda Natália Machado.

Depois de se formar, Natália ingressou no mercado de trabalho como autônoma, prestando assessoria a movimentos sociais na área da saúde. Hoje, é mestranda na UnB e faz pesquisas na área de direito à saúde, bioética e acessibilidade.

Após vários anos frequentando os bancos da universidade, ela relata que se orgulha de ver a diversidade estética nos espaços da UnB e, principalmente, no modo de fazer pesquisa.

“Os estudantes indígenas e negros e negras que adentraram o espaço acadêmico nos últimos 15 anos trouxeram um refresco de inovação metodológica, teórica, epistemológica sem precedentes, de ampliar e aprofundar o conhecimento, trazendo muito mais verdade e justiça”, avaliou.

“Por mais que nossa presença ainda seja diminuta no espaço acadêmico, é emocionante ver muito mais cores e formas, corpos, estéticas, símbolos e culturas diversos. A universidade se tornou um espaço muito mais rico e instigante”, completou.



Mudanças

A percepção de mudança no visual da universidade é compartilhada por colegas contemporâneos. O cientista político Derson Maia, 29 anos, conta que também foi o primeiro de sua família a conseguir ingressar em uma universidade. Ele passou no vestibular de 2008 por meio do sistema de cotas e diz que percebe o aumento considerável no número de negros nos últimos anos.

“Mesmo com cotas, você via pouquíssimos negros na universidade. Na minha turma de ciência política era eu e uma outra menina. Quando eu estava me formando, em 2014, eu comecei a notar que a universidade realmente estava ficando bem mais negra, com pessoas de outras classes sociais mais baixas, porque antes era muito difícil. O negro que eu convivia ao longo do curso era estrangeiro”, lembrou Derson.

 Derson Maia - Marcello Casal Jr/Agência Brasil
“As ações afirmativas produziram algo que é realmente inédito na universidade, que é trazer esse olhar diverso para dentro da academia”, avalia o cientista político Derson Maia.

O cientista político ficou sabendo das cotas quando estava no primeiro ano do ensino médio. Um grupo de universitários negros visitou a escola pública onde ele estudava para apresentar o sistema aos futuros vestibulandos. Na sala de aula, ele era um dos quatro negros em uma turma de 40 alunos.

“Eu não tinha aquele medo do que seria na universidade, porque eu já via outros negros falando sobre as cotas e que seriam um caminho importante”, lembrou.

Depois da graduação, Derson fez mestrado em políticas públicas e, atualmente, é doutorando da Faculdade de Direito da UnB – edital no qual foi selecionado por meio de cotas.


“Eu acho que as ações afirmativas produziram algo inédito que é trazer esse olhar diverso para dentro da academia. Se a gente quer ter uma universidade que faça inovação científica, tecnológica, você precisa abrir para a diversidade. Assim, [ao incluir] pessoas negras que vieram de uma outra realidade, de uma realidade de periferia, você acaba inserindo novos olhares para o mesmo problema e vai desenvolvendo novos caminhos. Eu acho que a universidade passou a ser uma outra UnB”, destacou.


Longa trajetória

Marcello Casal Jr/Agência Brasil
A aprovação do projeto que instituiu o sistema de cotas raciais na UnB foi resultado de um longo processo de articulação de integrantes do movimento negro, com especialistas e representantes do Poder Público.

Um dos marcos que precederam a adoção das cotas no Brasil foi a 1ª Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e as Formas Conexas de Intolerância, realizada em Durban, na África do Sul, em 2001. A conferência motivou as personalidades negras brasileiras a reforçarem o debate das ações afirmativas para negros no Brasil, que se tornou, na ocasião, signatário do compromisso de combate a todo tipo de discriminação racial.

Ainda em 2001, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) abriu caminho para a implantação do sistema no ensino superior. No ano seguinte, a Assembleia Legislativa do estado promulgou a lei que instituía o sistema de seleção por cotas para todas as universidades estaduais.

Em 2003, a UnB foi a primeira instituição federal a oficializar a opção pelo sistema de reserva de vagas para negros. Quase dez anos depois, em 2012, o governo federal instituiu a Lei de Cotas Sociais e Raciais para todas as universidades do país e, em 2014, para concursos públicos.



Fonte: UnB - dados de 2018



Presença

Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Dados da UnB mostram que, no primeiro ano do sistema, ingressaram na universidade 376 negros cotistas. A quantidade de pretos e pardos a entrar na instituição por meio de cotas foi crescendo ano a ano. Em 2011, por exemplo, 911 negros cotistas puderam fazer a matrícula na graduação. No acumulado de 2004 a 2018, ingressaram na universidade 7.648 negros pelo sistema de cotas raciais.

“Eu acho que a academia foi pioneira e isso foi muito importante não só para o contexto da UnB, mas para a sociedade como um todo, no entendimento das cotas, em especial cotas para negros. Nesses 15 anos a avaliação que nós temos é muito positiva”, comemorou o decano de Ensino da Graduação da UnB, Sérgio Antônio Andrade de Freitas.

A partir de 2013, já sob a vigência da lei federal de cotas, a UnB mudou a distribuição da reserva de vagas. Para obedecer ao percentual estabelecido pelo Ministério da Educação para as cotas sociais, a UnB reduziu as cotas raciais. A universidade reserva, atualmente, 50% das vagas para alunos de escolas públicas e mais 5% exclusivamente para negros, independentemente da sua condição econômica.

Atualmente, o sistema passa pelo desafio de aperfeiçoar o processo de seleção baseado na autodeclaração. A UnB tem investigado ao menos 100 casos de possíveis fraudes. Em âmbito nacional, o Judiciário já se manifestou de forma favorável ao estabelecimento de comissões para averiguar a veracidade das declarações dos candidatos.

Marcello Casal Jr/Agência Brasil
“Nesses 15 anos a avaliação que nós temos é muito positiva. Pelos dados dá para ver o crescimento da quantidade de negros”, disse o decano de Ensino de Graduação da UnB, Sérgio Andrade de Freitas. 

O decano Sérgio Andrade acredita que as denúncias não afetarão o sistema, mas poderá contribuir para ajustes.

“Todo processo exige um aperfeiçoamento, qualquer mudança que nós temos na sociedade demanda um processo de amadurecimento entre as pessoas”, avalia Sérgio Andrade.


Conferência

O direito à igualdade de oportunidade para negros será um dos temas debatidos na 4ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir), que será realizada esta semana em Brasília. O evento ocorre no âmbito da Década Internacional dos Afrodescendentes (2015-2024) e abordará questões sobre reconhecimento, justiça, desenvolvimento e igualdade de direitos.

A programação da conferência tem início amanhã (28) com diferentes palestras, oficinas temáticas e atividades culturais, no Centro Internacional de Convenções do Brasil. O evento, promovido pelo Ministério dos Direitos Humanos, por meio da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) ocorre até a próxima quarta-feira (30).

Fonte: Agência Brasil

Relatório de políticas culturais de 2018 foi lançado em português pela UNESCO


A Unesco lançou uma versão em português do relatório global de políticas culturais de 2018. A tradução do material foi realizada em homenagem ao dia internacional da diversidade cultural, celebrado no dia 21 de maio.

O documento – feito em parceria com o Ministério da Cultura – está disponível gratuitamente no site da Unesco. O relatório discute os avanços gerados com a implementação da convenção sobre proteção e promoção da diversidade das expressões culturais, além de analisar outras questões como os fluxos de bens e serviços e iniciativas em defesa das liberdades fundamentais.

Fonte: Futura

Projeto Cambada apresenta a banda Meiofree na edição de junho


Trazendo um som cujas referências vão de Nirvana a Jackson do Pandeiro, a banda Meiofree é a atração de junho do projeto Cambada. O show acontece na sexta-feira (15), às 21h, na Sala de Concertos Maestro José Siqueira do Espaço Cultural José Lins do Rego. O ingresso custa R$ 10 (inteiro) e R$ 5 (meia entrada). A bilheteria abre com uma hora de antecedência.

A banda paraibana de rock’n roll nasceu em João Pessoa em meados de 2007, depois da experiência de seu líder, o músico e também psicoterapeuta Pedro Faissal à frente da banda Pojeto50, que representou a Paraíba no Ano do Brasil na França (2005) e integrou festivais importantes como Green Rock Festival (2002), ao lado de nomes como Sepultura e Raimundos. Meiofree, em meio às intempéries do cotidiano, da irreverência, do protesto e da poesia, surge para versar sobre este sujeito cindido dos tempos atuais, o sujeito “metade livre” que se divide entre as contas do fim do mês e a possibilidade de realização de seus sonhos.

Formada por Pedro Faissal (guitarra e vozes), Gabriel Araújo (baixo, backing vocals e efeitos), Victor Lustosa (guitarra) e Kleber Nascimento (bateria e backing vocals), o Meiofree já contabiliza quatro álbuns independentes. O mais recente, “Half Livre”, traz composições autorais, nas quais a banda canta o que vive e o que viveu, em um álbum que traz, além de composições novas, releituras de músicas de discos anteriores.

Claras influências do samba rock suingado de Jorge Benjor e do rock’n roll dos anos 90 do Nirvana e Sublime, são encontrados na sonoridade. A métrica da linguagem nordestina traduzida por Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga estão presentes também como influência do trabalho, além da estética regional e psicodélica trazida pelos representantes do movimento mangue beat dos anos 90 como Chico Science e o Mundo Livre SA. O Meiofree é rock, crossover, funk, reggae, samba, jazz, groove do Brasil e bebe no baião arrastado da Paraíba.


Projeto 

O Cambada foi lançado em janeiro de 2016, com a ideia inicial de se realizar uma temporada anualmente. Com o nome que faz referência ao coletivo de caranguejos, virou sucesso de público, e a frequência de shows passou a ser mensal. A proposta consiste em realizar uma série de shows onde artistas da terra ou radicados na Paraíba se apresentam com repertório construído com músicas de compositores paraibanos. Além da qualidade das atrações, outro atrativo do projeto é o preço popular, uma forma de estimular o público a consumir e apreciar os artistas locais.


Projeto Cambada apresenta Meiofree

Data: 15/06, às 21h

Local: Sala de Concertos Maestro José Siqueira

Preço: R$ 10 (inteiro) e R$ 5 (meia entrada)

Fonte: Funesc

1º Congresso Vivart vai reunir a diversidade das expressões artísticas em João Pessoa



A diversidade da ‘boa arte’ vai convergir em João Pessoa nos próximos dias 1º e 2 de junho. É o 1º Congresso Vivart, que vai reunir no Centro de Convenções Cidade Viva, no bairro Aeroclube, artistas das mais variadas expressões que vão desde o rap, passando pela cultura hip-hop e até do ballet clássico como forma de treinamento e capacitação para todos os participantes.

Além dos convidados especiais Mauro Henrique (da banda Oficina G3), de Isa Coimbra (da igreja Batista da Lagoinha) e de Samuel Gonçalves (da Cia. Nissi), o congresso promovido pela Cidade Viva vai oferecer ainda 30 diferentes tipos de oficinas aos inscritos nas mais diversas artes, dentre elas a música, a dança, a literatura, o teatro, o circo, a pintura, a escultura e a fotografia, que podem ser conferidas de forma mais detalhada no site.

Nos dois dias do Vivart haverá ainda momentos de louvor com as bandas da Cidade Viva (Rede Livre e Rede Nuvem), apresentações artísticas, mesa-redonda e mensagens. O evento será de curta duração, mas de muita intensidade. A abertura será na sexta-feira à noite, 1º de junho, e, no sábado, dia 2 de junho, nos turnos de manhã e tarde serão destinados às oficinas, enquanto o encerramento será na noite de sábado com uma palestra de pastor Sérgio Queiroz, com o tema do congresso “Até o Fim”, seguido de uma apresentação musical de Mauro Henrique (da Oficina G3).

O público alvo do Congresso abrange tanto as pessoas envolvidas em ministérios de artes nas igrejas ou de pessoas que desejam aprender e conhecer sobre o uso artes para o Reino, mas até mesmo pessoas que nunca tiveram contato ou experiência com as artes, mas que desejam de alguma forma desenvolver uma habilidade na área. A idade mínima para participação é de 12 anos.

Direito a três oficinas - Segundo o organizador do Congresso de artes Vivart, Ícaro Rodrigues, o evento visa o desenvolvimento do chamado e da missão de cada artista cristão, por meio dos workshops diferentes que serão oferecidos durante o evento. Cada inscrito terá direito a participar de três das 30 oficinas que serão oferecidas. O Congresso permitirá o crescimento e capacitação na área artística e integração das equipes e ministérios de artes. “Teremos vários momentos especiais em nosso Congresso. Entre eles podemos destacar os convidados nacionais Samuel Gonçalves, que foi durante nove anos da Cia. Nissi, a maior Cia. cristã de artes na América Latina, de Isa Coimbra, que participou de vários DVD’s do Diante do Trono e junto com sua mãe é umas da precursoras do movimento da dança nas igrejas do Brasil, e de Mauro Henrique, cantor do Oficina G3 e esteve recentemente em um projeto pelo Brasil chamado “Loop Sessions” junto com Leonardo Gonçalves e Guilherme de Sá (Rosa de Saron) inovaram com shows incríveis”.

Onde fazer a inscrição – Além de forma presencial no Centro de Convenções Cidade Viva, os interessados podem fazer a inscrição do 1º Congresso Vivart por meio deste link. O valor custa R$ 60,00 e poderá ser pago na modalidade cartão de crédito, boleto bancário e do débito online.

Já os menores de 18 anos deverão estar acompanhados de um responsável legal ou se apresentarem munidos da autorização (devidamente assinada pelo pai ou responsável) e uma cópia (Xerox) da identidade do responsável (baixar autorização em Mídia). A entrega do Termo de Responsabilidade é obrigatória para todos os Congressistas.


Fonte: ClickPB