quinta-feira, 14 de junho de 2018

Somente duas prefeituras da Paraíba solicitaram recursos ao MTur para o São João


A fogueira está queimando em homenagem a São João, em Santa Luzia. Das 171 propostas analisadas pelo Ministério do Turismo (MTur), neste ano de 2018, para apoio a eventos geradores de fluxos turísticos, apenas dois eram para festejos de São João no estado da Paraíba. Os municípios de Santa Luzia e de Patos enviaram propostas, mas somente a primeira foi aprovada.

O convênio nº 870665/2018 tem por objeto o “76º São João de Santa Luzia”, no valor total de R$ 288.000,00, sendo R$ 285.000,00 de repasse do Ministério do Turismo e R$ 3.000,00 de contrapartida da Prefeitura. O evento acontecerá, segundo o Ministério do Turismo, de 21 a 25 de junho de 2018. Mas no site da prefeitura foram divulgados quatro dias de festas, de 21 a 24 de junho, vendendo o tema “A cidade que ensinou o Brasil a dançar forró”.

Uma abertura simbólica aconteceu no dia 1º de junho, com hasteamento de bandeira e apresentação de sanfonada, mas conforme a programação oficial divulgada pela prefeitura, no dia 21 de junho abrem o período de shows Saulo Farra, Pinto de Acordeon, Luan Estilizado e Jonas Esticado. No Segundo dia de festejos, dia 22, sobem no palco Titico e Forró Quentão, Os Gonzagas, Forró D2 e Eliane. No dia 23 a cidade confere Geová e Forró no Jeito, Giullian Monte e Avine Vinny, fechando a programação no dia 24 com Santino Braz e os do Forró, Woxton Nóbrega, A Loba e Solteirões do Forró. 

e acordo com o secretário-executivo Deleon Souto, da Fundação Cultural de Patos, gestora do evento na cidade, a proposta de Patos não foi aprovada por questão de documentação. Mas o Município conseguiu aprovação pelo Ministério da Cultura, para captação de recursos junto a empresas pela Lei Rouanet. O valor, segundo o secretário-executivo, é pouco mais de R$ 3 milhões, que terão que ser captados.


Fonte: ClickPB

quarta-feira, 13 de junho de 2018

Pró-Reitoria de Cultura da Universidade Estadual promove “Forró da Resistência” no próximo sábado


A Pró-Reitoria de Cultura (Procult) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) promove no próximo sábado (16), a partir das 13h, no Centro Artístico Cultural (CAC) da Instituição, em Campina Grande, o “Forró da Resistência”. A iniciativa busca valorizar e democratizar as expressões populares de caráter regional. A entrada é franca e o evento se estenderá até o período noturno.

Na programação constam apresentações do 3B de Coco e Coletivo Tirinete, de João e Marcelo Calixto dos Oito Baixos, de Anildo e Forró Show, dos emboladores Canário e Caboclo, do Trio Forró Coqueado, dos repentistas Gilmar O. e Felipe P., do Trio Acauã e do Forró Rabecado. Artesanato e comidas típicas também poderão ser encontrados no local. A ideia é criar um ambiente puro e autêntico da cultura nordestina, de acordo com os organizadores, o produtor cultural da Procult, Alberto Alves, e o técnico-administrativo Igor de Carvalho.

O pró-reitor de Cultura, José Cristóvão de Andrade, fez um chamamento à comunidade campinense, notadamente aos artistas da cidade, para que apoiem a iniciativa. “Participem, deem a sua contribuição à causa. O espaço está aberto para que todos possam expressar a sua arte e integrar esse movimento que valoriza nossas raízes e fortalece essa relação de pertencimento com a identidade nordestina. Precisamos refletir sobre esse contexto que sufoca a cultura genuína, não podemos deixar que isso aconteça”, explicou.


Etapa Campina Grande do Encontro de Sanfoneiros

No mesmo dia e local, a partir das 8h, ocorrerá a etapa Campina Grande do 2° Encontro de Sanfoneiros e Tocadores de Fole de Oito Baixos. Além dos inscritos da Rainha da Borborema, participarão do evento os estudantes advindos dos cursos do CAC denominados “Sanfonada” (com Edglei Miguel), “Sivuquiando” (com João Batista) e do Curso de Fole de Oito Baixos (com Luizinho Calixto). Emboladores de coco, declamadores e demais professores do Centro Artístico também integrarão o evento.

O CAC é localizado na Avenida Getúlio Vargas, 44 (por trás dos Correios – prédio da antiga Faculdade de Administração da UEPB), no Centro de Campina. Outras informações podem ser adquiridas pelo telefone (83) 3315-3446.



Fonte: http://www.uepb.edu.br

Programação do São Pedro 2018 de Itaporanga é divulgada


A programação oficial do São Pedro 2018 de Itaporanga, foi divulgada nesta terça-feira (12), pela prefeitura do município.Entre as atrações confirmadas para a festa junina deste ano estão Walkyria Santos e Bonde do Brasil. O evento acontece nos dias 29 e 30 de junho, na Avenida Getúlio Vargas, no Centro da cidade.

Após a divulgação, foi realizado um café da manhã junino ao som de forró pé-de-serra.


Confira as atrações do São Pedro 2018 de Itaporanga 

29 de junho 

Felipão Moral
Bob Léo Mercadoria
Saulo Lacerda
Forró da Lamparina

30 de junho 

Walkyria Santos
Bonde do Brasil
Forró Bora Bora
Edmilsinho e Banda

Fonte: ClickPB

Nando Reis volta a JP com show "Voz e Violão 2​" em agosto no teatro Pedra do Reino


O cantor Nando Reis volta a capital paraibana para mais um show e desta vez será o "Voz e Violão 2". A apresentação acontece no dia 24 de agosto no Teatro A Pedra do Reino, às 21h, onde o cantor traz versões diferentes das músicas que são consideradas clássicos do seu repertório. O objetivo do show é apresentar as canções exatamente como foram concebidas. 

No palco, somente o artista e seu violão, combinando a doce vibração das cordas com sua voz e algumas batidas no instrumento, que funciona às vezes de percussão. Seus fãs, que não se concentram em apenas uma geração, podem esperar uma apresentação emocionante. O repertório é recheado de sucessos consagrados como “All Star”, “Diariamente”, “Espatódea” e “Relicário”. Além disso, versões de seus clássicos também marcam presença como “Luz dos Olhos”, “O Segundo Sol”, “Quem Vai Dizer Tchau” e “Nos Seus Olhos”.

Os ingressos para o show já estão à venda a partir de R$ 70 - e com ingresso social - as entradas podem ser adquiridas no site nandoreisjp.eventbrite.com ou na Loja Rutra (Manaíra Shopping).

Ingressos: 

Lote Promocional (Limitado)
Plateia A: R$ 90 meia | R$ 95,00 ingresso social | R$ 180,00 inteira 
Plateia B: R$ 80 meia | R$ 85,00 ingresso social | R$ 160,00 inteira 
Balcão: R$ 70 meia | R$ 75,00 ingresso social | R$ 140,00 inteira. 

Ingresso Social 
É uma ação social que garante um valor promocional para qualquer pessoa que doar 1 Kg de alimento não perecível no dia do evento. Todo alimento arrecadado é doado para instituições de caridade.

Sobre 


José Fernando Gomes dos Reis, conhecido artisticamente como Nando Reis, é um baixista, cantor, violonista e compositor brasileiro. Ex-baixista da banda de rock Titãs, atualmente segue em carreira solo, acompanhado pela banda Os Infernais.

Saiu dos Titãs após a gravação do álbum A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana, em 2001. Na época, alegou "incompatibilidade de pensamento", e informou que ainda estava abalado pela morte dos amigos Cássia Eller e Marcelo Fromer. Em entrevista posterior, afirmou que sua saída se deveu também à sua vontade de se dedicar mais à sua carreira solo - chegou a propor à banda que pausassem suas atividades por um ano após o lançamento do álbum Afirmou ainda que seu isolamento como compositor na banda vinha crescendo, o que era evidenciado pela quantidade de músicas escritas apenas por ele nos últimos álbuns. Hoje, o músico e a banda já voltaram a se falar normalmente.

Fonte: ClickPB

terça-feira, 12 de junho de 2018

Indígenas lutam por uma nova política para isolados


Na base de fiscalização da Funai no rio Ituí, no interior da Terra Indígena Vale do Javari (AM), lideranças dos povos Matis e Korubo se encontraram entre os dias 23 e 24 de maio. Foi uma reunião inédita desde um sangrento conflito entre os anos de 2014 e 2015. Requisitado insistentemente pelos Matis e articulado pela Funai, “foi emocionante”, relata Binin Matis.

O diálogo entre as lideranças fluiu de maneira convergente e emocionada, com a discussão de problemas comuns dos indígenas que são afetados por políticas indigenistas mal feitas e por invasores que saqueiam os recursos naturais. O encontro direto entre os dois povos suprimiu aqueles agentes não-indígenas que poderiam mediar - ou então fomentar - divisões internas. 

O relatório do encontro, ao qual tive acesso, mostra que há uma mudança profunda em andamento na política para “índios isolados”, que é a luta pelo protagonismo dos indígenas contatados que exigem ser parte da construção das políticas.

Ao invés da política generalista e universalista para “índios isolados” feita em gabinetes de Brasília ou São Paulo, agora são os indígenas contatados que querem defender seus parentes, gerir recursos e discutir sistemas de proteção e contato.

Nesse encontro na base Ituí, estiveram presentes lideranças ds povos do Javari e dos movimentos sociais indígenas, como o presidente da Organização Geral Mayuruna, Cesar Mayoruna, o vice-presidente da Associação Indígena Matis, Bini Matis e o coordenador da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), Paulo Kenampa Marubo.

A Funai apenas foi a articuladora, enquanto os indígenas disseram que não queriam a participação de uma ONG que trabalha na área (o Centro de Trabalho Indigenista, CTI), nem de antropólogos, e nem de intervenção direta da Funai: apenas um encontro entre indígenas para discutir os problemas comuns. “É só nos indígenas, o movimento indígena, os Korubo e os Matis”, informou Kenampa da Univaja.


Solidariedade indígena após conflitos

O conflito entre Matis e Korubo culminou na morte de dois Matis e de diversos Korubo (pelo menos oito, segundo a Funai). A Funai, na época, atribuiu culpa aos Matis, os acusando de invadirem o território dos Korubo e de tentar dominá-los.

O Estado se colocava, assim, no papel de “salvador” e “protetor” dos mais fracos. No entanto, os Matis, criminalizados e difamados pela Funai, deram uma versão diferente: o problema era a Funai, a omissão do órgão que teria sido incapaz de cumprir suas atribuições de proteção territorial, uma política para “índios isolados” que ignorava os indígenas contatados vizinhos dos isolados, e até racismo.

Agora, os Matis demonstraram que a Funai estava errada. Tanto pelo fato da fundação ter feito uma leitura errada do histórico da região, desconsiderando a violência da própria Funai contra os Matis entre o final dos anos 1970 e o início dos 1980, quando dois terços dos Matis foram mortos por epidemias espalhadas pela Funai, quando nas intervenções erradas e omissões a partir dos anos 2011, sobretudo, em 2014.

Binan Wassu, dos Matis, fez uma fala em solidariedade aos Korubo e sobre a ocupação deles no território do rio Coari: “trazer os Korubo da beira do Coari para a beira do Ituí é ruim.” Na sua fala, ele se lembrou da época que a Funai os transferiu das cabeceiras dos igarapés Jacurapá e Boeiro, para o rio Ituí. É melhor que não tirem o Korubo lá do Coari”. Respeitar os Korubo aonde estão é uma resposta direta às falsas acusações que a Funai fez na época de que os Matis promoviam um “conflito por terra”. 

No fim do ano passado, os Matis denunciaram ao MPF que a Funai estaria facilitando o acesso dos Korubo a armas e criando intrigas, alertando sobre um novo conflito iminente. A Funai, no uso da tutela, ainda se colocava como “interlocutora privilegiada”, posição que compartilha, no Vale do Javari, com o Centro de Trabalho Indigenista (CTI) através de convênios da Funai.

O encontro direto dos Matis com os Korubo, mediado pelo movimento indígena, excluiu, na visão dos indígenas, esses dois agentes neocoloniais. Os Korubo, com poucos anos de contato, querem entender a luta do movimento indígena, “como forma de fortalecer sua própria luta”. No encontro direto, indígenas descobriram que havia o elemento “branco” provocador no meio. 


Novo contato em curso 

Nesse encontro surgiu a informação inédita de que a Funai está planejando um novo contato com um grupo Korubo que vive no rio Coari, remanescente do contato de 2015 e dos conflitos com os Matis. Foi discutida a participação dos Matis enquanto os servidores da Funai apresentaram as dificuldades atuais: “Só em situações emergenciais que a FUNAI iria se mexer. Exemplo foi o que aconteceu no rio Jandiatuba, com muita exposição na mídia, com muita pressão.” 

Os indígenas refletiram sobre o planejamento e as estratégias desse novo contato, enquanto o servidor da Funai, Gustavo Sena, chefe da Frente de Proteção Etno Ambiental do Vale do Javari, disse que a Funai e a Sesai devem estar preparadas para o “pós-contato” – e que as condições hoje são adversas, nesse sentido.

Os indígenas ouvidos elogiaram a postura de Sena, que pouco interviu no encontro. Txami Matis, animado com um possível encontro com os Korubo no Coari, prometeu que “vai visitar os parentes, caçar, pegar fruto que ficou na roça antiga” e que não vai brigar com os parentes.

Entre os acordos firmados no encontro, além do processo de contato com os Korubo no Coari, foi estabelecido que os Matis irão voltar a trabalhar em bases da Funai — eles haviam rompido as relações desde que a Funai passou a criminaliza-los. E tiveram a anuência dos Korubo: “Quando Matis trabalhava aqui, pescador não entrava aqui.

Eu não entendo Kanamari, Marubo, que trabalha na base. A língua dos Matis eu sei. Matis trabalha na Base me ajuda”. “Era a Funai que colocava na cabeça dos Korubo que Matis era ruim, que manipulava eles”, disse uma liderança dos Matis, o vereador Make Turu.

Paulo Marubo, da UNIVAJA, alertou sobre a dificuldade do trabalho com os isolados, e pediu união entre os indígenas: “Meu espírito de índio pede isso. Nós nos unirmos, povos do Javari, mas por enquanto é difícil os Korubo isolados entenderem e se unirem.” 


Disputas políticas sobre os isolados e recursos

O Vale do Javari é a região com a maior concentração de coletivos indígenas vivendo em isolamento voluntário no mundo, uma das áreas mais conservadas da Amazônia e sob cobiça do saque dos recursos naturais. 

Conforme noticiei em 2015, a falta de atenção de agentes da Funai para um iminente conflito, nomeações políticas para quadros técnicos, descaso com as demandas dos Matis, e uma disputa política atrás de milhões de dólares do Fundo Amazônia, doações advindas do governo norueguês para a proteção da Amazônia, inflamaram o Vale do Javari.

Hoje, é possível que cerca de 70 indígenas isolados tenham sido mortos nos últimos três anos em ao menos três grandes massacres, chacinas ou conflitos. Lideranças kanamari denunciaram um massacre promovido por madeireiros, em fevereiro de 2017 (leia aqui), enquanto ano passado (leia aqui) pode ter acontecido mais um massacre, no rio Jandiatuba, cuja base da Funai foi fechada, por decisão de gestão, em 2014.

Na primeira semana de junho, aconteceu na sede da Funai, em Brasília, uma reunião com os chefes das frentes de proteção etnoambiental, subordinados à Coordenação Geral de Índios Isolados e de Recente Contato, cuja área deve ter um novo coordenador nomeado nas próximas semanas. Nesse encontro, foram relatadas diversas críticas aos trabalhos do CTI e o desgaste provocado pela parceria que deu ensejo ao investimento milionário do Fundo Amazônia.

Teve início a segunda-feira 15 uma reunião organizada pelo CTI, com recursos do Fundo Amazônia para seu projeto em parceria com a Funai, para debater a situação dos índios isolados no Brasil. 

Essa parceria e os investimentos foram alvo de críticas de sertanistas da Funai desde o princípio, com cartas que acusaram a “falta de transparência” e a “criação de um sistema de proteção paralelo” (leia aqui). O CTI contestou, alegando que “procura associar a imagem da entidade a interesses ocultos e interferências nas disputas internas da CGIIRC/Funai.” 

Hoje, a situação está indefinida. Mas os indígenas enxergam na crise da política dos “brancos” uma possibilidade de ganharem autonomia. O CTI perdeu a influência que tinha, ao mesmo tempo em que a diretoria da Funai de Proteção Territorial, então ocupado por um filho do coordenador do projeto da parceria, está nas mãos de Azelene Kaingang, indígena indicada por ruralistas. 

Tradicionalmente ocupada por pessoal técnico dos quadros da Funai, a CGIIRC passou a ser nomeada politicamente por influencia de Aloisio Mercadante, com a ascensão de Carlos Travassos no poder, em 2011, seguido por Leila Sotto-Maior, ambos tendo trabalhado ou prestado consultorias ao CTI.

Agora, indigenistas do quadro da Funai nutrem a esperança de uma indicação técnica, em tempos tão obscuros, e indicaram o indigenista Bruno Pereira, servidor da CGIIRC no Vale do Javari, com experiências em expedições e na chefia de frentes da Funai. Ele estava na região durante os conflitos entre os Matis e os Korubo. 

Já os indígenas que compartilham os territórios dos isolados exigem participar do Conselho de Políticas para Povos Isolados, querem participar diretamente da elaboração de políticas públicas sobre suas vidas e gerir os recursos que afetem seus territórios - como os milhões do Fundo Amazônia. O Conselho, que os indígenas se dizem excluídos de sua participação, terá uma reforma em outubro. 

Se alguns anos atrás se discutia se os indígenas isolados iriam ser “assimilados” ou “protegidos” numa redoma, a atual situação no Vale do Javari revela uma dimensão muito mais profunda da luta por autonomia — tanto frente ao Estado, quanto à “sociedade civil” quer gere os recursos que se destinam a suas vidas e aos seus territórios.


Fonte: Carta Capital

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Antônio Barros e Cecéu preparam novo disco


(Foto: Rafael Passos)
Eles estão perto de completar 50 anos de uma parceira de música e de vida – e de muitos sucessos. Com mais de 700 composições diferentes gravadas por incontáveis artistas, Antônio Barros e Cecéu se preparam para voltar aos estúdios e gravar um novo disco ainda este ano.

A união dos dois está presente mesmo quando parece que estão em voo solo. Como, por exemplo, quando os créditos das canções apontam um ou o outro como autor. “Homem com H”, por exemplo, aparecia nos selos dos discos como sendo de Antônio Barros. Já “Bate, coração” é creditada a Cecéu.

“Geralmente a gente faz junto”, conta Cecéu. “Claro que Antônio é pioneiro, começou bem antes. Mas geralmente nós trocamos ideias e para a edição musical a gente faz uma parte com ele, uma parte comigo. Mas a gente nasce tudo junto e está tudo, em casa. Não tem essa coisa de ‘essa é minha, essa é sua’. Tanto faz dizer que ‘Bate, coração’ é de Antônio Barros, como dizer que é de Cecéu”.

Das exatas 708 músicas gravadas, eles escolhem exatamente “Homem com H” e “Bate, coração” como suas criações mais emblemáticas. E as duas são da mesma época. “Homem com H” se tornou sucesso ao ser gravada por Ney Matogrosso no disco dele de 1981. “Bate, coração”, por sua vez, foi lançada por Marinês no disco batizado com o nome da canção, em 1980, e estourou de vez no Brasil todo com Elba Ramalho no disco Alegria, de 1982.

‘Homem com H’ recusada

“Homem com H” teve que vencer a resistência de Ney, que não se mostrou muito seguro em gravar a canção. Ela tinha sido lançada pela banda Hydra em 1974. O próprio Antônio Barros a gravou em 1980. Mas ele queria mesmo, desde o começo, era ouvi-la na voz de Ney Matogrosso, desde que ele era o vocalista do Secos e Molhados.

“Eu tinha vontade de gravar essa música com aquele grupo. Mas eu não podia chegar lá porque o grupo era muito famoso”, lembra ele. A versão da Hydra, que pode ser ouvida no YouTube, é até próxima do estilo que o Secos e Molhados gravaria. Anos depois, a composição chegaria a Ney, que se aconselhou com Gonzaguinha.

“Ele perguntou: ‘Gonzaguinha, me deram essa música. O que você acha? Não tô querendo gravar, não’. E Gonzaguinha disse pra ele: ‘Rapaz, essa música é a tua cara’”, conta Antônio Barros.

A música acabou entrando na última faixa do lado A. E mesmo “Amor objeto”, de Rita Lee e Roberto de Carvalho, sendo a música de trabalho, “Homem com H” estourou. Depois Ney gravou “Por debaixo dos panos” e “Pra virar lobisomem”.

A ideia da música surgiu de uma cena da novela O Bem-Amado, na qual o coronel Odorico Paraguaçu, papel de Paulo Gracindo, afinou na frente do matador Zeca Diabo (Lima Duarte) e depois botou banca. “Ele disse: ‘Seu Dirceu, nunca vi rastro de cobra nem couro de lobisomem. Eu sou é homem!”, lembra Antônio Barros. “Geralmente é assim: até uma frase que você diz, eu posso pegar e fazer uma música”.

Já em “Bate, coração”, Elba ouviu a versão de Marinês e não demorou para lançar a sua própria. “Quando foi um dia ela, conversando com a gente, disse: ‘Seu Antônio, ainda vou gravar uma música sua”, conta Cecéu. “Ela foi para o Festival de Montreux. E foi a música que ela cantou no festival. E ela já veio sucesso de lá pra cá”. Elba gravou outras, como “Amor com café”. “Acho que nós temos umas 20 músicas gravadas com Elba”, diz.

Com Jackson do Pandeiro, amigo do começo da carreira, Antônio Barros participou de 17 gravações. Os dois se conheceram quando eram pandeiristas, cada um em uma rádio de Recife. “Quando ele foi pro Rio, fui pra casa dele. Então devo muito a ele, que meu muito apoio no Rio de Janeiro pra eu sobreviver musicalmente no Rio”.

A dupla está à frente de uma batalha referente ao recebimento dos direitos autorais por parte das grandes festas de São João, como a de Campina Grande. “É muito decepecionante, realmente”, lamenta Cecéu. “Não existe São João sem música. E tem dinheiro para tudo, menos para a estrela, que é a música. Eles não querem pagar os direitos autorais, que é do que nós vivemos. isso já vem acontecendo há vários anos”.

Antônio Barros e Cecéu, que foram homenageados ontem no Museu dos Três Pandeiros, em Campina, também foram celebrados no disco Forró, Festa e São João. Uma seleção de marchinhas juninas por vários intérpretes e que conta com sete músicas de Antônio Barros. Ele e Cecéu assinam (com Targino Gondim e Carlinhos Brown) uma música nova: “Sou São João”.

Antônio Barros e Cecéu cantam em “Pra que fogueira” (com Adelmário Coelho), que pode ser entendido como uma prévia do disco em que os dois voltam como intérpretes. A filha, Maíra Barros, também canta no disco. No ano passado, outra homenagem: o DVD ABC do Forró – Homenagem a Antônio Barros e Cecéu, capitaneado por Ton Oliveira e com a participação da dupla e de vários artistas.

Agora, gravados por tantos artistas, chegou a hora de Antônio Barros e Cecéu reencontrarem os microfones. E não como participação, mas em um disco deles.

Fonte: Correio da Paraíba

domingo, 10 de junho de 2018

São Paulo comemora 110 anos da imigração japonesa com festas


Há 110 anos, o navio Kasato Maru aportava no Brasil com a primeira geração de imigrantes japoneses. Hoje, seus descentes já somam mais de um 1,9 milhão de pessoas, tornando-se a maior comunidade nipônica fora da Terra do Sol Nascente. No mês em que se comemora esse marco, o Domingo na Paulista, evento promovido pela Fiesp e o Sesi-SP, oferece uma tarde repleta de atrações tradicionais da cultura japonesa, em frente ao Centro Cultural Fiesp, na Avenida Paulista.

A programação gratuita acontece até as 17h, com atividades que vão desde ginástica para terceira idade, com Kenko Taisso, a demonstrações de artes marciais, com a Confederação Paulista de Kendo. Haverá também apresentações artísticas da Banda Todos Nós, danças folclóricas com Shinsei Acal (foto), Odori Hanonakai e Tottori Shan Shan Kassa Odori. Integram a celebração, apresentações potentes com taikos (tambores japoneses) dos grupos de Parada Taiko, Himawari Taiko (foto), Requios Gueinou Doukoukai e Ryukyu Koku Matsuri Daiko.

Uma das atrações do evento será a apresentação da música tema das comemorações Arigatô Brasil (Obrigado Brasil), interpretada pelo cantor e compositor Joe Hirata. A canção destaca a história e a gratidão a terra que acolheu os imigrantes japoneses.

Para demonstrar a amizade Brasil-Japão, a Escola de Samba Águia de Ouro fará uma participação especial no evento. A escola tem forte envolvimento com a comunidade nipônica desde o carnaval de 2015, ano em que homenageou o Japão em seu desfile.

Fonte: Agência Brasil

Ator Jackson Odell, de séries infanto-juvenis 'iCarly' e 'The Goldbergs', morre aos 20 anos


O ator e cantor Jackson Odell, de séries infanto-julvenis de grande sucesso de público no mundo todo, como iCarly e The Goldbergs, foi encontrado morto na última sexta em sua casa em San Fernando Valley, na Califórnia. Ele tinha apenas 20 anos. As informações liberadas pelas autoridades nesse domingo são do site TMZ. 




Jackson era mais conhecido pelos seus papéis na série 'The Goldbergs' e no filme adolescente 'Judy Moody em Férias Incríveis', mas também participou de iCarly como o personagem Gumbo. Segundo as informações preliminares, seu corpo foi encontrado sem nenhum sinal de violência. A causa ainda está sob investigação.




Ele começou a atuar aos 12 anos e havia se afirmado recentemente como compositor. Entre outras participações na TV norte-americana, além do personagem Ari Caldwell em 'The Goldbergs', vale destacar papéis em 'Modern Family' and 'Arrested Development'. Conseguiu emplacar canções em diversas produções recentes em Hollywood, como no filme 'Forever My Girl'.

Fonte: Globo.com