quinta-feira, 10 de maio de 2018

Polêmica sobre exposição de arte em João Pessoa gera repercussão

(Foto: Reprodução)

Para o advogado Luiz Gustavo Vidal, que é o atual presidente da Comissão Especial de Cultura e Arte do Conselho Federal da OAB, a obra de arte vem pra dialogar com a sociedade e pra chamar atenção, o importante é que haja a discussão, a necessidade de dialogar e respeitar o bom senso que não obrigue ninguém a ver o que não o agrada. “Não é de agora que esse conflito entre arte e religião existe, e cabe sempre o respaldo democrático. A repercussão dentro do ambiente político que gerou a aprovação de uma nota de repúdio por alguns vereadores de João Pessoa refuta que todo esse debate é sempre positivo e leva uma imensa contribuição para o espírito democrático que deve sempre prevalecer, independentemente de divergências religiosas, políticas ou culturais, respeitando devidamente os instrumentos legais previsto em leia, ao se tratar de questões de faixa etária, por exemplo. Essas polêmicas acabam levando a sociedade a repensar suas posições e ressalta a importância social dentre tantos outros aspectos que são instigados pela arte. Essa conversa vem à tona, justamente por causa do impacto gerado pela exposição, no entanto, tanto a obra de arte, quanto as crianças têm que ser respeitadas”, destacou.

Para ele, “hoje existe uma confusão muito grande, principalmente por questões políticas, o pessoal está aproveitando o momento para exigir a questão da liberdade de expressão, manifestação artística e a gente sabe que algumas vezes acaba extrapolando algumas coisas. Sempre há conflitos, a arte não é só para belo, às vezes, o artista coloca isso para chamar atenção de uma coisa que esta se deteriorando na sociedade e isso não é a primeira nem a última que vez que teremos casos assim”, ressaltou.

Ainda ressalta, “a nossa sociedade está há 30 anos atrasada com essa questão, existe um conflito de normas e você chega numa dimensão mais moral do que legal, a gente está num momento político, de polarização, a questão do repúdio é indiferente. Não é um vereador ali que vai dizer o que é certo o que é errado. O que está trazendo a discussão é uma série de fatores conjugados que não cabe a cada um interpretar o que é bom para uma pessoa ou para outra, a gente sabe que essa questão da religiosidade existe desde o século passado, em que já tinha obras nesse sentido, esses conflitos e essa discussão é positiva e isso é bom até pra buscar melhorias pra sociedade”, concluiu.

Fonte: www.clickpb.com.br

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