segunda-feira, 16 de abril de 2018

Morreu neste sábado o cantor do grupo Obina Shok, representante da música africana na MPB

Roger Kedy (centro), na capa do primeiro LP do Obina Shok (Foto: Reprodução)
Faleceu sábado em Libreville, no Gabão, o cantor e guitarrista Roger Kedy, do Obina Shok, grupo montado em Brasília no começo dos anos 1980. Composto por músicos africanos (como o gabonês Roger e o senegalês Jean Pierre Senghor) e brasileiros, o Obina lançou seu primeiro LP (“Obina Shok”) em 1986 e despontou com a canção “Vida”, na qual contou com as participações nos vocais de Gilberto Gil e Gal Costa. Mãe de dois filhos de cantor, a brasileira Rita Andrade conta que, segundo informações da família na África, o músico teria sofrido um AVC fatal.

Numa época em que a música pop africana ganhava destaque mundial com o disco “Graceland”, de Paul Simon, o Obina Shok começou sua caminhada com uma fita demo, cheia de balanço africano, caribenho e brasileiro. Nela, estava a canção “Lambarene”, que começou a ser tocada, no Rio, pela rádio Fluminense FM. Shows em palcos cariocas, como o do Parque Lage e Circo Voador sedimentaram a fama do Obina, que foi então contratado pela gravadora RCA. “Obina Shok” trouxe o sucesso “Vida” e “Africaner brother bound”, canção contra o apartheid. Obina Shock – Vida (Globo de ouro) 1987.



O grupo sofreu mudanças, mas Roger e Jean-Pierre permaneceram nele e gravaram um segundo álbum, “Sallé” (1987), que não teve repercussão e acabou por abreviar a trajetória do Obina Shok. Depois do fim, Jean-Pierre chegou e tocar teclados com Marisa Monte e o grupo Cidade Negra e Roger voltou para o Gabão.

Fonte: www.sofatos.com.br

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