Gilberto Gil não fará mais o show marcado para o próximo dia 4 de julho, na cidade de Tel Aviv, em Israel. O brasileiro cancelou a apresentação após mais de 60 palestinos serem mortos pelo exército israelense, na fronteira de Gaza, durante protestos nas últimas semanas. “O sentimento geral de todos é de apreensão, uma vez que Israel está atravessando um momento sensível”, afirmou o baiano em nota divulgada por Arbel, produtor local do evento.
Se em 2015 Gil e Caetano não cederam aos apelos de Roger Waters para boicotar Israel, desta vez, o cantor sensibilizou-se com a situação. ” Esperamos contar com sua compreensão, já que é um assunto também delicado para nós”, explicou Gil. “Amamos Israel e sempre nos sentimos calorosamente recebidos. Haverá outras oportunidades e esperaremos por tempos melhores”, completou.
A atitude de um dos maiores nomes da música nacional foi elogiada pelo movimento Campanha Palestina pelo Boicote Acadêmico e Cultural de Israel, o BDS. Desde o início da “marcha de retorno”, em 30 de março deste ano, cerca de 100 palestinianos foram mortos e aproximadamente 2.711 ficaram feridos em conflitos na Faixa de Gaza. Os protestos começaram no mesmo dia em que os Estados Unidos inauguraram a embaixada norte-americana em Jerusalém.
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